quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Um brinde à nova Sbav que está nascendo!

Amanhã a Sbav realiza o jantar de final do ano que marca sua terceira década de história. A primeira confraria organizada do Brasil comemora 30 anos de muita contribuição para a cultura do vinho. De lá, saíram experts, sommeliers e apaixonados pelo vinho em geral. A Sbav foi o berço de muitas outras entidades, entre elas a ABS. Muita gente boa aprendeu sobre vinho na associação e, hoje, faz fama escrevendo, criticando e falando sobre a bebida de Bacco.

Este é um ano especial para a Sbav. Não pela comemoração das três décadas, mas, principalmente, porque 2010 será um divisor de águas para a associação. Neste ano a Sbav provou, tardiamente, as dores da adolescência. Viveu tempos nebulosos e de incerteza. Viu-se madura no espelho, mas um tanto inexperiente e, ao mesmo tempo, combalida, precisando rever conceitos e se reinventar.

Amanhã, os verdadeiros amigos do vinho - e da querida Sbav - estarão na sede da associação, na nobre sala da Gabriel Monteiro da Silva, em São Paulo, para brindar não somente o final de um ano especial, mas, principalmente, o início de uma nova Era. Novos tempos virão, convidados e liderados por quem vai reerguer a velha, porém novíssima, associação. A tradicional Sbav dará a volta por cima e ressurgirá no cenário nacional do vinho com força máxima em 2011.

Convido a todas a acompanhar o nascimento de uma Sbav vigorosa e atual, mas que respeita e valoriza sua tradição. Será uma Sbav única, rica, cheia de conhecimento e, mais do que tudo, conduzida por gente que ama o vinho e faz justiça ao nome da associação.

Parabéns, Sbav!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Essa envergonharia até o desinibido Berlusconi

Publico, a seguir, o alerta distribuído pelo amigo e confrade Aguinaldo Záckia a respeito de um absurdo vivido por ele na terra de Dante. O texto já está correndo na internet, mas não custa reforçar.

Assim, ninguém poderá dizer que não foi avisado caso seja obrigado a abandonar um Sassicaia ou algo parecido no hall de algum aeroporto italiano.

Aguinaldo, sou solidário a você, mas fico triste mesmo por ter perdido a chance de degustar o Schidione abandonado...


AVISO IMPORTANTE AOS AMANTES DO VINHO

TUTTO MENO ALITALIA!
 
Por AGUINALDO ZÁCKIA ALBERT

Como filiado que sou da FIJEV - Fédération Internationale des Journalistes et Écrivains du Vin et Spiritueux, fui convidado a fazer um tour pelas regiões vinícolas da Toscana, juntamente com jornalistas de vários países.

Organizado pela REGIONE TOSCANA, tivemos oportunidade de visitar alguns dos melhores produtores de Montepulciano, Montalcino, Morelino di Scansano e Maremma, onde fomos recebidos de forma calorosa por seus vinhateiros e provamos grandes vinhos. Uma viagem a ser guardada com carinho na memória.

O roteiro terminou num domingo de manhã, em Suvereto, de onde partimos para Firenze. Cheguei por volta das 11:00 e, como meu voo era noturno, peguei um táxi e rumei para Firenze per fare una passegiatta e rever ao menos a cópia da estátua de David, de Michelangelo, na Piazza della Signoria, defronte ao Pallazzo Vechio (os funcionários dos museus estavam em greve).

Uma boa pasta acompanhada de um bicchieri di vino e estava almoçado. Enquanto tomava um café, pude ouvir uma excelente contralto russa que cantava na praça algumas das melhores passagens da ópera italiana.

Estava profundamente feliz e agradecido por poder estar vivo e estar ali, desfrutando de toda aquela beleza, depois de fazer um belo roteiro de vinhos. Sem dúvida um grande privilégio. Poderia haver alguém lá em cima - por que não? - e esse alguém podia até mesmo se interessar por mim. Muita gente acredita nisso.

Depois dessa tarde maravilhosa, peguei um táxi e rumei para o aeroporto de Firenze, onde pegaria um voo para Roma e, depois, para São Paulo. Começaram aí os meus problemas e a Divina Comédia quando tive que me confrontar com uma empresa aérea chamada Alitalia. Fazendo o caminho inverso do grande Dante, saí do Céu e fui lançado ao Inferno, sem passar pelo Purgatório.

Comedido como sou, levei comigo apenas três singelas garrafas de bons vinhos, um Schidione e um Brunello de Montalcino, que comprei, e mais um Brunello, que ganhei. Levava também comigo duas pequenas garrafas e uma latinha do delicioso azeite da região recém elaborado que ganhara de alguns produtores. Lembro que a lei brasileira permite que entremos no Brasil com até 12 litros!

Como sempre faço (e faço isso inúmeras vezes ao ano, em viagens à Europa, e mesmo à Itália) embalei os vasilhames bem protegidos em uma caixa de 6 garrafas de papelão de vinho, que tive o cuidado de embalar em plástico (mais 10,00 Euros pro beleléu). Como não se pode levar líquido como bagagem de mão, tentei embarcar a caixa juntamente com minha pequena valise. Tinha comigo apenas mais uma mala.

E não é que fui impedido de embarcar com os azeites e os vinhos! O pessoal da ALITALIA se mostrou absolutamente intransigente, mesmo depois de ter me identificado como jornalista de vinhos e ter inclusive mostrado minha carteira profissional e o convite da REGIONE TOSCANA. Falei com várias pessoas e discuti asperamente - em bom italiano, depois em inglês - diante do absurdo de tal situação, mas nada consegui, nem mesmo me propondo a comprar outra mala ou embarcar os vinhos na mala que já tinha! Foi-me dito que a Alitalia tem há 5 anos uma norma que proíbe o transporte de líquidos na carga de seus aviões para que, caso as garrafas se quebrem (o que seguramente não iria acontecer) não molhem a bagagem alheia.

O mais estranho é que a empresa não avisa seus passageiros de tal fato. Mais estranho ainda é que anteriormente já havia trazido vinho pela mesma companhia. O que afinal aconteceu? Será que a empresa foi comprada pelas ORGANIZAÇÕES TABAJARA para ter uma norma tão estúpida?!

Peguei a caixa de vinhos e a abandonei no centro do salão do aeroporto e embarquei apenas com minha valise. Algum cão bem treinado deve ter cheirado bem a caixa (um cão degustador, quem sabe?) e depois algum robô deve ter desarmado a perigosa bomba...

A empresa ALITALIA, bastante conhecida por seus maus serviços aéreos, pôde mostrar nesse episódio a sua pior face. Numa decisão absurda, impediu que fosse mostrado no exterior amostras dos dois mais conceituados produtos italianos no mundo, o azeite de oliva e o vinho, mesmo sabendo que se tratavam de amostras a serem provadas em degustações por profissionais reconhecidos. Como entender tanta estupidez e burrice na terra de Michelangelo e Da Vinci?

Dessa forma, caros confrades e amigos do vinho, caso queiram trazer alguma coisa líquida da Itália (vinho, azeite etc.), não utilizem a ALITALIA. Você está arriscado a perder seus vinhos, ter prejuízo e ainda ser brindado com uma poltrona central na última fileira do avião, como aconteceu comigo. Comboios de africanos pelo Mediterrâneo, caravanas de ciganos pela rota do leste europeu ou barcos lotados de albaneses no Mar Adriático. Tudo isso, meus caros, É MELHOR E MAIS AGRADÁVEL DO QUE VIAJAR PELA ALITALIA.

TUTTO MENO ALITALIA!!!

DIVULGUE ESTA CARTA A SEUS AMIGOS ENÓFILOS.

AGUINALDO ZÁCKIA ALBERT

domingo, 5 de dezembro de 2010

Boa compra: Eugénio de Almeida Branco 2009

Bebi este vinho pela primeira vez no Quinta de Santa Maria, um bom restaurante português aqui na região do Alto da Lapa, em São Paulo. Sempre que vou lá - ou na maior parte das vezes - levo meus vinhos e pago a taxa de rolha no valor de R$ 30.

Certa vez, no entanto, fazia tanto calor - e o lugar tem uma área aberta muito gostosa - que resolvi deixar meu tinto de lado e pedi um branco da carta, que, pela boa procedência e baixo preço, me chamou a atenção. Tratava-se deste ótimo e baratíssimo branco da Fundação Eugénio de Almeida, bastante conhecido por produzir os vinhos Cartuxa, além de bons azeites.

Fiquei muito feliz por ter acertado na mosca! Elaborado a partir das castas antão vaz, perrum e roupeiro, esse vinho é um achado para o verão e também para acompanhar frutos do mar e peixes. Seus 13,5% de álcool passam despercebidos, pois estão perfeitamente integrados. Fruta branca e um toque cítrico, além da boa acidez, tornam esse vinho perfeito para dias quentes como os que prometem chegar.

É vendido pela Adega Alentejana e está em promoção, a cerca de R$ 35. Vale comprar de caixa e deixar na geladeira para beber nos próximos meses.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Um pouco sobre o arroz na Free Time

A edição número 16 da revista Free Time já está no ar, com uma série de matérias bacanas para quem se interessa pelo mundo da enogastronomia.

Na seção Gastronomia, falo um pouco sobre a história do arroz e dou a receita do risoto de cogumelos frescos, um dos meus preferidos.

Confira, também, outras matérias interessantes e dicas nas seções sobre restaurantes, vinhos, bares, destilados e charutos.

Para acessar a Free Time, clique aqui.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Vitis Vinífera apresenta franceses na Sbav-SP (7/12)

Cassoulet, o original

Na última edição da revista Free Time, escrevi uma matéria sobre a tradicional culinária francesa e publiquei a receita original do Cassoulet do Languedoc, certamente uma das maravilhas da gastronomia mundia, que ultrapassou fronteiras e resistiu ao tempo.

Para acessar a matéria e ler um pouco da história e a receita do prato, clique aqui.

Ficha de degustação

Sempre me pedem, e eu decidi postar aqui um modelo de ficha de degustação. É a que a Sbav-SP utiliza e também a que aplico nas minhas confrarias.

A ficha de degustação é um documento que auxilia o degustador na análise dos vinhos, pois estabelece critérios e pesos comuns para a avaliação de um painel de degustação. 

É, também, um recurso muito útil para que o enófilo siga parâmetros técnicos para avaliar os vinhos provados e dar notas para eles. A ficha permite a um grupo de pessoas, como uma confraria, por exemplo, adotar um processo comum para a avaliação dos vinhos, o que possiblita a geração de uma nota média do grupo para cada exemplar analisado, passando pelos quesitos visual, olfativo e gustativo.

O sistema de pontuação da ficha, cuja escala vai até 100, é semelhante ao utilizado pelos principais críticos de vinhos nos EUA e no Brasil.

Para acessar a ficha, clique aqui.