domingo, 18 de setembro de 2011

Boa compra: Casa Valduga Premium Cabernet Franc 2007

Nesta semana estive no Ráscal do Shopping Villa Lobos, um dos meus favoritos, e tive a felicidade de receber uma bela dica do sommelier dessa unidade, o Rodrigo Sbruzzi. Desta vez a grata surpresa é um vinho nacional, que me surpeendeu pela qualidade para um vinho teoricamente mais simples e elaborado com uma uva que sozinha não costuma resultar em grandes vinhos.

Trata-se do equilibradíssimo Casa Valduga Premium Cabernet Franc 2007. Com taninos aveludados, bom corpo, boa intensidade e boa persistência, esse vinho vai muito além do que se espera de um rótulo dessa linha mais simples, que custa cerca de R$ 35 nas lojas do ramo.

Foge daquele herbáceo com fruta madura que caracteriza alguns nacionais mais simples, muitas vezes enjoativos por serem verdes ou vinsos demais. Este é diferente. Mostra boa fruta, sem nada que remeta a colheita prematura ou qualquer outro problema com as uvas. Madeira bem trabalhada, que confere uma baunilha sutil e um pouco de couro. Muito além do que eu imaginava. Briga com vinhos do nível do Salton Talento e do Merlot Terroir, também muito bons, mas que custam pelo menos o dobro.

Recomendo este vinho e as dicas do competente Ricardo. E, é claro, recomendo o Ráscal do Villa Lobos, que além de boa comida tem uma carta excelente.

domingo, 11 de setembro de 2011

Culinária portuguesa em alta em São Paulo

Já mencionei aqui o Quinta de Santa Maria por conta da taxa de rolha adequada, mas não comentei sobre a qualidade da culinária deste ótimo restaurante português, injustamente ainda pouco falado e conhecido em São Paulo. Outros mais requintados acabam ganhando a cena, como A Bela Sintra, Antiquarius e Bacalhoeiro - todos excelentes, mas caríssimos e muitas vezes exagerados na sofisticação e no serviço. Não vou gastar muito tempo descrevendo o ambiente, o atendimento e o menu, pois o que vale é ir e conferir. Dou apenas a dica.

O Quinta de Santa Maria está localizado longe dos holofotes da imprensa especializada, na Rua Cerro Corá, no Alto da Lapa. Trata-se de uma casa com decoração tipicamente portuguesa, com uma varanda muito gostosa na entrada, onde eu costumo ficar nos dias de sol. Ao lado do bar, está a dega, que tem uma grande variedade de rótulos, especialmente portugueses, a preços justos. Muitas vezes levo meu vinho e acabo deixando na sacola mesmo, especialmente pelas boas opções de vinhos verdes e brancos maduros, alguns de fabricação própria.

Do cardápio, já provei quase tudo. Mas geralmente fico nas alheiras e no bolinho de bacalhau de entrada, ambos fora de série. Para o prato principal, recomendo todos os de bacalhau, em especial o Gomes de Sá. O arroz de pato e as opções com cabrito também são fantástica. Na minha opinião, não fica devendo para os patrícios mais estrelados da cidade. Mais informações: www.quintadesantamaria.com.br/

Aproveito para mencionar o novo Tasca da Esquina, filial brasileira do homônimo lisboeta e que também surpreende pela qualidade do que oferece. A carta não é tão vasta, mas há coisas boas, também com ênfase em Portugal. Esse está localizado em ponto nobre, na Alameda Itu, e a conta já é um pouco mais salgada, como quase tudo naquela região. Mas vale a visita também. É uma ótima alternativa aos tradicionais e caros portugueses paulistanos. Mais informações: www.tascadaesquina.com.br/