quarta-feira, 23 de setembro de 2020

"Verdades absolutas" no mundo do vinho


Há alguns anos tenho uma suspeita que, com o passar do tempo, tem se tornado quase uma convicção: entre todas as “verdades absolutas” alardeadas por experts do 
mundo do vinho, duas, que pouca gente refuta, me parecem enganar até os mais experientes degustadores.

A primeira é a crença de que existe uma “evolução natural” do paladar de quem degusta com frequência para determinados tipos de vinhos que seriam superiores em qualidade em comparação com outros mais apreciados por principiantes ou por quem bebe com frequência, mas de forma descompromissada – e aqui cabe diferenciar “degustar” e “beber”.

 

Esses ditos vinhos “de maior qualidade” são, geralmente, vinhos mais leves, equilibrados, sem arestas e sem muita intervenção e madeira, além de mais tempo de garrafa. Exemplos clássicos são os pinot noir da Borgonha e os rieslings alemães. Ok, vinhos sem arestas e mais equilibrados de fato expressam maior qualidade da bebida, mas não é apenas por isso que os degustadores “intensivos” chegam a eles após anos de estrada. O ponto, aqui, é o “abandono” de outros vinhos de estilos diferentes, mais encorpados e potentes, como os Amarone, os cabernet sauvignon californianos, os supertoscanos e os shiraz australianos, por exemplo.

 

Estes mais potentes são vinhos de estilo quase oposto aos “queridinhos” dos degustadores experientes, mas a razão, a meu ver, tem menos a ver com qualidade e muito mais com a "sobrevivência" de quem os bebe. Explico: quem come ou bebe alguma coisa todos os dias, mesmo que de ótima qualidade, também “enjoa”; e é isso que acredito que direciona o paladar de quem degusta com frequência. Beber todos os dias – ou quase todos os dias – nos força a buscar estilos de vinhos mais leves e fáceis de beber. E por acreditar que estamos “evoluindo” no paladar (de fato, estamos), deduzimos que esse estilo de vinho é superior a outros.

 

Sou um bebedor de vinhos bastante eclético, gosto de gamay a shiraz, e bebo ambos com o mesmo prazer quando a bebida é bem feita. Não me importo de apreciar vinhos com mais madeira ou menos tempo de garrafa, se a bebida entregra prazer e as características esperadas daquela uva e daquele terroir. No entanto, assim como a maioria dos meus confrades com mais tempo de janela, também tenho buscado cada vez mais vinhos leves e fáceis de beber, que me permitam curtir a bebida mesmo mantendo uma frequência alta de degustações.

 

A outra verdade que questiono já há algum tempo é sobre o “amadurecimento” do vinho – ou, no popular, aquela história de que vinho de qualidade, “quanto mais velho, melhor”. É claro que vinhos de alta qualidade geralmente se beneficiam do tempo em madeira ou na garrafa – muitas vezes em ambos, como os bons Rioja. No entanto, além de essa regra valer para poucos vinhos – os que têm característica para passar por esses processos –, mesmo estes chegam a um ponto de "maturidade" em que entram em uma curva decadente.

 

Ao longo dos últimos 20 anos, tenho participado de eventos e degustações de confrarias em que a brincadeira é provar e comparar vinhos com 15, 20, 30 ou mesmo 50 anos. E, para mim, ficou muito claro que sim, vinhos como Barolo, Brunello, Rioja e os bons Douro ganham com o tempo. Porém, ganham até 15 ou 20 anos – em raros casos, podem chegar a 25 ou 30 anos. A partir dali, o que eu percebo é uma convergência de aromas e do paladar desses vinhos para um mesmo ponto: o seu fim.

 

Explico novamente: a qualidade do vinho está também associada à sua tipicidade e aos aromas e sabores primários e secundários, adquiridos em razão das características naturais da uva, do terroir e da forma como a uva foi cultivada e o vinho, produzido. Após o estágio em madeira – quando feito – e o amadurecimento em garrafa, outros aromas se desenvolvem, os chamados terciários, que são “presentes do tempo”. E, aqui, eu chego no ponto do problema: o tempo é implacável com as pessoas, mas também com o vinho, e não tem “tipicidade” ou “terroir” que sobreviva para sempre; o tempo acaba se sobrepondo a esses elementos e levando o vinho para o lugar comum, em que em determinado momento se torna impossível diferenciar um bom Barolo de 40 anos de um bom Borgonha com a mesma idade.

 

No fundo, o grande mérito que vejo nesses vinhos quando já passaram do “ponto de abate” é terem sobrevivido até lá ainda agradáveis. Não entregam, no entanto, metade do prazer que entregavam no seu auge. Para mim, o auge de qualquer vinho é aquele ponto em que ele ganha complexidade com o tempo, mas mantém as características que o diferencia de outros vinhos e que o torna único – a fruta, o terroir, a forma como foi elaborado.

 

Já faz um tempo que penso nessas "verdades absolutas", mas sempre que arrisco comentar com outros bebedores de vinho, tomo vaia. Por isso resolvi escrever, mesmo sabendo que a surra no ambiente virtual geralmente é mais doída do que numa mesa de jantar. Tim-tim!

domingo, 31 de maio de 2020

O fogo apagou

Enquanto milhares de pequenos restaurantes se desdobram para manter o negócio vivo e o emprego de seus funcionários, criando promoções, vouchers para utilização futura e sistemas de entrega, grandes redes estão fazendo feio nesta crise e mostrando o que de fato são. Depois do vexame protagonizado pelo Madero e seu fundador, que fez pouco caso da saúde das pessoas em nome da manutenção das suas gordas receitas, agora é a vez do Fogo de Chão passar uma vergonha atrás da outra.

Como se não bastasse demitir sumariamente mais de 600 funcionários – a grande maioria deles trazida do Sul para “manter o padrão de qualidade” –, os ricos acionistas da rede, que conta com mais de 50 lojas mundo afora, decidiram não pagar parte dos direitos trabalhistas do seu pessoal. Para isso, invocou o tal “fato do príncipe”, que, como o próprio nome indica, é algo totalmente ultrapassado, jogando para o Estado – ou seja, para a população – a conta da sua decisão egoísta, desumana e antiética, totalmente desconectada do seu tempo e do que a sociedade espera de uma empresa desse porte. Além de extemporânea, a justificativa é mentirosa, já que o fechamento das lojas não se deu por vontade governamental, mas sim por contingência forçada pela pandemia da covid-19.

Mas o Fogo de Chão não parou por aí. Acionada pela Procuradoria Regional do Trabalho por conta do calote naqueles que sempre foram seu grande diferencial, suas pessoas, a rede entrou com pedido de sigilo do processo, ciente de que o que fez seria fortemente reprovado, inclusive por seus clientes. Afinal, quem ainda seria capaz de pisar em um estabelecimento bancado por ricos investidores que usaram uma tragédia humana para jogar na rua da amargura centenas de pessoas, passando a conta para o governo, que mal tem conseguido bancar medidas de saúde básicas para acudir a população?

Chegou a hora de separar gente séria de espertalhões, que se aproveitam do período mais crítico que todos nós que estamos aqui neste momento viveremos para tirar vantagem financeira em cima da dor alheia. Eu já tomei a minha decisão: não piso mais em uma loja do Fogo de Chão. Meu dinheiro esses investidores gananciosos e inescrupulosos não verão mais!

terça-feira, 13 de março de 2018

Sábado tem festa de St. Patrick à moda paulistana

No próximo sábado, 17 de março, os paulistanos terão a oportunidade de celebrar o St. Patrick’s Day com uma amostra do que a cidade oferece de melhor em termos de gastronomia de boteco.

Organizado pela Sociedade Paulista de Cultura de Boteco, o evento em homenagem ao santo padroeiro irlandês reunirá botecos e bandas de rock na Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2.500), ao lado do metrô Sumaré.

Os botecos confirmados são: Academia da Gula, Bar do Magrão, Elídio Bar, Rota do Acarajé e Veloso, além da Linguiçaria Real Bragança, fornecedora de embutidos artesanais para casas como Comedoria Gonzales e Pobre Juan.

A versão “botequeira” da tradicional festa irlandesa terá como destaques a venda de petiscos e diferentes tipos de chope Paulistânia. Os petiscos estarão à venda por valores entre R$ 5 e R$ 25.

A festa começa às 12h e, a partir das 14h, sobem ao palco as bandas Acústico Plugado (14h), Full Battery (16h) e Electric Pepper (18h).

Para participar do evento é necessário adquirir a camiseta-convite, no valor de R$ 40, que dá direito ao primeiro chope. A compra pode ser feita nos botecos participantes ou pelo site www.sympla.com.br.

Confira o cardápio do 1º St. Patrick’s Day Cultura de Boteco:

Academia da Gula: bifanas; bolinho de bacalhau; pastelzinho misto; doces portugueses
Bar do Magrão: bolinho de parmesão
Elídio Bar: bolinho do Elídio (carne com parmesão); bolinho de carne seca com abóbora
Linguiçaria Real Bragança: lanche de linguiça de Bragança; porção de linguiça; pastrami
Rota do Acarajé: mini-acarajé de mão recheado com vatapá e camarão seco defumado; casquinha de siri; bolo de manteiga de garrafa
Veloso: coxinha

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Vem aí o Festival do Espumante 2015

Começam a ser vendidos nesta terça-feira, 8 de setembro, os ingressos para o Festival do Espumante 2015, que acontece no próximo dia 25 de setembro em São Paulo. O objetivo do já tradicional evento organizado pela Sbav/SP é promover o espumante para os apreciadores da bebida e consumidores de vinhos em geral. Entre os expositores confirmados estão Adolfo Lona, Cave Geisse, Chandon, Decanter, Miolo, Salton, Pizzato e Vinícola Aurora, além dos Produtores da Campanha Gaúcha, que trazem em seu portfólio cinco marcas regionais.

Festival anual aguardado pelos produtores como oportunidade para reforçar a imagem dos seus produtos no mercado e vender ao consumidor final, terá nesta edição um atrativo adicional. Além de produtos nacionais, também serão expostos espumantes de outros países. “Este evento vem se mostrando um sucesso ao longo dos anos e estamos muito otimistas com relação à edição 2015. Teremos a presença de produtores e importadores relevantes, que apresentarão ao público produtos de alta qualidade”, afirma Gilberto Medeiros, presidente da Sbav/SP.

O evento será realizado no Hotel Pestana (Rua Tutóia, nº 77), das 16h às 21h. Recomenda-se a compra antecipada do ingresso pelo e-mail reservas@sbav-sp.com.br ou pelo telefone (11) 3814-7905. Os valores são R$ 30,00 (para associado SBAV/SP) e R$ 50,00 (para não-associados). 

Sbav/SP
Telefone: (11) 3814-7905
Endereço: Rua Cincinato Braga, no 321, cj 42
Site: www.sbav-sp.com.br

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Aprenda a escolher os vinhos mais adequados para cada tipo de comida

Escolher o vinho mais adequado no restaurante ou mesmo as melhores opções da bebida para acompanhar um almoço ou jantar organizado em casa não é uma tarefa tão óbvia quanto pode parecer. Com o objetivo ajudar o apreciador da boa enogastronomia a não errar nessas ocasiões, a Sbav/SP - Associação Brasileira dos Amigos do Vinho realizará, no próximo dia 15 de abril, em sua sede, uma aula master sobre o tema, cujas inscrições já estão abertas para as 13 vagas disponíveis.
Durante a aula, que terá duração de 2h30, os participantes conhecerão mais sobre os conceitos de harmonização entre comida e os principais tipos de vinhos: espumantes, brancos tranquilos, tintos tranquilos e vinhos para sobremesa.

Serão abordados temas como tipos de vinhos, os cinco sentidos humanos, princípios da harmonização, tipos de alimentos e sensações que causam na boca, além de exercícios práticos de harmonização com diferentes tipos de vinhos e alimentos. A aula será ministrada por Agilson Gavioli, sommelier, consultor de vinhos e professor da Faculdade Estácio (SP).

Para obter mais informações e fazer a inscrição, contate a Sbav/SP pelo e-mail reservas@sbav-sp.com.br ou telefone 11-3814-7905.


Clique aqui e conheça mais sobre a Sbav/SP e seus cursos e eventos enogastronômicos.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Feriado enogastronômico no Chile

Quem ainda não tem programa para o feriado de Tiradentes pode se juntar ao grupo da Sbav/SP – Associação Brasileira dos Amigos do Vinho e conhecer alguns dos principais produtores do Chile. A viagem, que acontece de 17 a 22 de abril, inclui, além das visitas às vinícolas, almoços enogastronômicos. Confira a programação:

Dia 17/4

● Embarque em Guarulhos com destino a Santiago no voo Lan 751, com saída às 16h20 e chegada às 19h35. 

● Chegada e transfer para o Hotel Atton Vitacura (ou outro de categoria igual ou melhor).

● Noite livre.

Dia 18/4

● Saída do hotel às 9h horas com destino ao Vale do Aconcágua.

● Primeira parada na Vinícola Von Siebenthal, onde a enóloga Soledad Latorre receberá o grupo para uma visita à bodega. Depois serão degustados vinhos da casa.

● O grupo segue para a Vinícola Errazuriz, onde Sebastina Ramirez oferecerá um tour pela Casa Antigua de 1870, pelas adegas subterrâneas e pela Adega ícone. Após o tour, serão degustados vinhos da vinícola. A visita encerra-se com um almoço exclusivo, acompanhado de vinhos. 
                   
● Retorno a Santiago e parada no centro histórico para conhecer um pouco da cidade.
                   
● Noite livre.

Dia 19/4

● Saída às 9h com destino ao Vale de Casablanca.  
                 
● Primeira parada na Vinícola Matetic, para um tour privado, com explicação sobre o processo de vinificação e vista panorâmica. Em seguida haverá degustação na adega subterrânea, acompanhada de tábua de queijos de ovelha e de frutas secas.
                  
● Em seguida, visita à Casa Marin, próximo ao litoral e tour pela vinícola, com degustação de vinhos da linha Cartagena. Após a degustação, almoço com vinho no novo Vinobar Cipreses.
                   
● No final da tarde, retornaremos a Santiago.
                   
● Noite livre.

Dia 20/4
                 
● Às 9h, partida para o Vale do Maipo para visitar à Vinícola Undurraga. Caminhada no Parque del Fundo Santa Ana de Talagante e parada no Rincon Aliwen. Em seguida, visita às adegas de vinificação e às adegas subterrâneas. A visita termina com uma degustação de vinhos, incluindo o Altazor, acompanhados de queijos e frutas secas. Cada visitante receberá uma taça de presente.
                   
● Às 11h30, partida com destino a San Fernando, para a Vinícola Casa Silva. Almoço com vinho no Restaurante Clube de Polo. Visita às instalações e degustação de vinhos Reserva da casa.
                 
● O grupo segue para o hotel Hacienda los Lingues. 
                   
● Noite livre.  

Dia 21/4  

● Às 9h30, saída para o Vale do Colchagua, para visitar a Vinícola Montes.
                   
● Na Vinícola Montes, passeio pelos vinhedos e pela vinícola, com degustação de quatro vinhos.
                   
● Visita a Vinícola Viu Manent, com tour em carruagens antigas e degustação de vinhos. Almoço com vinho no local. 
                   
● Parada em Santa Cruz para conhecer a charmosa cidade. 
                   
● Retorno ao hotel e noite livre.

Dia 22/4

● Às 9h, o grupo parte para o Vale do Maipo, diretamente para a Vinícola Santa Rita, com tour, degustação de vinhos, e almoço no restaurante Dona Paula, da própria vinícola. 
                   
● Visita ao Museu Andino. 
                   
● O grupo segue para o aeroporto para embarque no voo Lan  756, às 17h10, com destino a São Paulo.

Valores:
Associados: US$ 1.900,00 por pessoa, em apto duplo.
Não associados: US$ 2.100,00 por pessoa, em apto duplo.

O valor inclui bilhete aéreo e tarifas aeroportuárias; hotéis com café da manhã, visitas às vinícolas e respectivas degustações, almoços e transporte terrestre.

Forma de Pagamento: 25% no ato da aceitação, mediante transferência bancária, e saldo em até três vezes no cartão de crédito, pelo valor do dólar comercial do dia do pagamento.

Reservas e informações: reservas@sbav-sp.com.br ou 11 3814-7905.

terça-feira, 3 de março de 2015

As boas surpresas do Encontro de Vinhos

Dia 2 de março último, na Casa do Porto (SP), participei da prova para escolha dos Top 5 do Encontro de Vinhos no RJ. Ao todo, degustei 27 amostras (metade do painel), cuja avaliação variou de 84,5 a 88,5 pontos, o que as coloca na categoria de vinhos considerados bons. Antes de falar sobre minhas preferências e impressões, destaco os grandes vencedores da noite, dos quais provei somente 2 (Guatambu Rastro do Pampa Cabernet Sauvignon 2013 e Norton Reserva Malbec 2011):

1º lugar: Leopoldo 2007 - Santa Catarina (Brasil)
2º lugar: Pêra-Grave Reserva 2007 - Alentejo (Portugal)
3º lugar: Guatambu Rastros do Pampa Cabernet Sauvignon 2013 - Campanha Gaúcha (Brasil)
4º lugar: Norton Reserva Malbec 2011 - Mendoza (Argentina)
5º lugar: Norton Privado 2011 - Mendoza (Argentina)

Agora, meus vinhos preferidos, em ordem alfabética (nome do produtor):

Bodegas Argenceres Lágrima Malbec Reserva 2010 - Mendoza (Argentina)
Casa Valduga Gran Raízes Corte 2010 - Campanha Gaúcha (Brasil)
Chozas Carrascal Las Ocho 2010 - Utiel Requena (Espanha)
Dunamis Tannat 2012 - Campanha Gaúcha (Brasil)
Familia Schroeder Saurus Barrel Fermented Pinot Noir 2012 - Patagônia (Argentina)
Luiz Argenta Merlot 2009 - Serra Gaúcha (Brasil)
Terrazas Single Vineyard las Compuertas Malbec 2010 – Mendoza (Argentina)

Como houve empates ou notas muito próximas, destaquei 7 exemplares: 3 argentinos, 3 brasileiros e 1 espanhol.

Me chamou a atenção o equilíbrio dos malbec argentinos, vinhos que até poucos anos atrás eram conhecidos por sua potência excessiva, doçura e muitas vezes agressividade no paladar. Desta vez, tanto o Terrazas como o Argenceres mostraram que é possível produzir vinhos com personalidade a partir da malbec, mas fáceis de beber, agradáveis e equilibrados.


O outro comentário que gostaria de fazer é sobre os exemplares nacionais, que se saíram muito bem perante vinhos de bons produtores da América do Sul e Europa. Destacaram-se pela elegância e equilíbrio. Vinhos gostosos, bem feitos, que mostram uma evolução rápida e disseminada da qualidade do que produzimos não apenas na Serra Gaúcha, mas em outras regiões do Sul do país. Mantida essa tendência, não duvido que no Encontro de Vinhos de 2020 a lista dos Top 5 tenha vinhos nacionais em sua maioria.

Clique aqui e saiba mais.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Sbav/SP divulga agenda para o 1º semestre

A Sbav/SP - Associação Brasileira dos Amigos do Vinho acaba de divulgar a agenda de cursos, eventos e viagens para o primeiro semestre de 2015 (confira abaixo). Os detalhes de cada evento e atividades adicionais incluídas na agenda serão divulgadas no site ao longo do ano: www.sbav-sp.com.br







JANEIRO
14/01 – Início do ano administrativo – reunião de posse da nova diretoria

21/01 – 
Degustação didática – degustação de vinho às cegas – Vinhos do Velho Mundo VS Vinhos do Novo Mundo
26/01 – Curso básico fevereiro – primeira aula 
28/01 – Curso temático – Degustação de Vinhos Evoluídos – com Rodrigo Mammana

FEVEREIRO
02/02 – Curso básico fevereiro – segunda aula
03/02 – Degustação com importador – Vinhos Alentejanos – Com a participação do produtor – Apresentação de vinhos do portfólio do expositor.
09/02 – Curso básico de fevereiro– terceira aula
11/02 – Degustação com importador – Spielmann State –Apresentação de vinhos do portfólio do expositor.
23/02 – Curso básico de fevereiro – quarta aula
25/02 – Curso temático – Regiões da Itália: Vinhos do Alto Adige – com José Luiz Pagliari.

MARÇO
09/03 – Curso básico de março – primeira aula
10/03 – Degustação com importador – Tahaa Vinhos – Apresentação de vinhos do portfólio do expositor.
16/03 – Curso básico de março – segunda aula
18/03 – Curso temático – Destilado Nacional – Cachaça – com José Henrique de Paula.
23/03 – Curso básico de março – terceira aula
25/03 – Curso temático – Regiões da França: Vinhos do Jura – com José Luiz Pagliari
30/03 – Curso básico de março – quarta aula 
31/03 – Degustação com importador/produtor nacional – Vinícola Miolo – Apresentação de vinhos do portfólio do expositor.

ABRIL
01/04 – Curso básico de abril – primeira aula
06/04 – Curso básico de abril – segunda aula
07/04 – Degustação com importador – Premium Wines – Apresentação de vinhos do portfólio do expositor.
13/04 – Curso básico de abril – terceira aula 
15/04 – Curso temático – Harmonização Enogastronômica – Com Agilson Gavioli
27/04 – Curso básico de abril – quarta aula
28/04 – Apresentação de vinhos italianos inéditos no Brasil, com o produtor.

MAIO
04/05 – Curso básico de maio – primeira aula
05/05 – Degustação com produtor nacional – Vinícola Pizzato
11/05 – Curso básico de maio – segunda aula
18/05 – Curso básico de maio – terceira aula
20/05 – Curso temático – Vinhos da França: Vinhos do Rhône – Com Gilberto Medeiros
25/05 – Curso básico de maio – quarta aula

JUNHO
08/06 – Curso básico de junho – primeira aula
15/06 – Curso básico de junho – segunda aula
17/06 – Curso temático – Vinhos da Espanha – Com Sérgio Bonachela
22/06 – Curso básico de junho – terceira aula
29/06 – Curso básico de junho – quarta aula

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Sbav/SP elege nova Diretoria para o biênio 2015/2016


No último dia 14 de novembro, a Sbav/SP – Associação Brasileira dos Amigos do Vinho realizou em sua sede, em São Paulo, eleições para os integrantes da Diretoria Executiva e dos Conselhos Deliberativo e Fiscal no biênio 2015/2016.

A partir de janeiro de 2015, a associação será liderada pelo confrade Gilberto Medeiros, na presidência, com meu apoio, na posição de vice. Os desafios principais da nova diretoria são dar continuidade ao processo de renovação da Sbav/SP, iniciado na atual gestão, que inclui o aumento da base de associados e a revisão de todas as atividades da associação com o objetivo de torná-las mais atraentes e conectadas com o momento atual, em que há um grande volume de informações e iniciativas relacionadas ao mundo do vinho.

O plano é manter e melhorar o que vinha dando certo, como os tradicionais cursos básicos e degustações sociais, e consolidar novas iniciativas, lançadas este ano, sob a gestão de Rodrigo Mammana, como os cursos temáticos e as degustações técnicas. Também estão previstas viagens a regiões vinícolas e eventos como festivais de vinho e jantares enogastronômicos. A comunicação também está sendo revista com o objetivo de aproximar a Sbav/SP do seu público-alvo, os apreciadores e estudiosos do vinho.


Nova sede
Desde o mês de outubro, a Sbav/SP conta com uma nova sede, na Rua Cincinato Braga, 321, cj. 42, onde realiza não apenas cursos, mas também degustações técnicas e temáticas.


Diretoria e Conselhos Deliberativo e Fiscal – 2015/2016


Diretoria Executiva                                                 
Presidente: Gilberto Antonio Medeiros
Vice-presidente: Paulo Sampaio Prado Neto


Conselho Fiscal
Vice-presidente: Sidnei Castresano
Presidente: Sérgio Prado de Mello
 Presidente: Sérgio Prado de Mello
Secretário: Cláudio Avelino Filipi
Suplente: Salvador Antonio Portela
                                             
Conselho Deliberativo
Presidente: Waldir Gandolfi
Vice-presidente: Paulo Guerra Filho
Secretário: José Luiz Giorgi Pagliari
Suplente: José Henrique de Paula Eduardo

domingo, 29 de setembro de 2013

Ecully: boa gastronomia e atrativos extras para enófilos

Neste sábado, estive no Ecully, restaurante aberto em janeiro no bairro de Perdizes. Me surpreendi por nunca ter ouvido falar do lugar, que fica perto da minha casa e tem uma proposta bastante alinhada com o que costumo buscar em restaurantes. Para começar, não cobra taxa de rolha, o que é um grande diferencial para quem tem adega em casa e quer abrir seus vinhos comendo bem. Além disso, tem uma ótima carta de vinhos, feita pela Grand Cru, com rótulos a preços da importadora - precisa apenas comprar taças de cristal, mais condizentes com a proposta do lugar. O ponto alto é o ambiente, iluminado e aberto, perfeito para um almoço no final de semana.

A casa é tocada por dois jovens chefs formados no Brasil e que fizeram especialização na escola do Paul Bocuse, em Écully, cidade francesa que dá nome ao restaurante. A proposta é oferecer alta gastronomia contemporânea, misturando as cozinhas de diferentes países. O menu não é extenso, mas é variado e muito criativo. Na ocasião, provei como entrada a brusqueta de berinjela e as croquetes de funghi, opções que recomendo, pois estavam excelentes. Já nos pratos principais dei menos sorte. A barriga de porco, apesar de saborosa e visualmente muito bonita (foto), tinha muita gordura e pouca carne. O arroz de pato também pecou pela falta de carne e excesso de aceto balsâmico reduzido, que deveria dar um toque adocicado, mas acabou se sobrepondo ao sabor da carne.

O serviço foi muito atencioso e simpático, apesar de um pouco confuso em alguns momentos. Nada que atrapalhasse a experiência, mas é algo que, assim como a execução de alguns pratos, precisa melhorar para que o lugar ocupe espaço no seleto grupo dos ótimos restaurantes da cidade. Os preços são atrativos, é possível comer bem sem gastar uma fortuna. A opção de levar o vinho também ajuda nesse quesito. Voltarei em breve para provar outros pratos.

Ecully: Rua Cotoxó, 493/Fone: 3853-3933/Site: www.ecully.com.br

domingo, 24 de março de 2013

Boa compra: Casa Marin Cartagena Riesling

Recentemente uma de minhas confrarias, a Sereníssima, realizou uma degustação muito interessante, reunindo brancos com a uva riesling de diferentes países. Havia 10 rótulos de todos os preços, representando as mais tradicionais regiões que produzem riesling no planeta. Surpreendentemente o campeão da noite foi um sulamericano que pode ser considerado barato para a qualidade que tem: o Casa Marin Cartagena Riesling 2008, que custou R$ 60 e recebeu 90 pontos do grupo (média).

Este chileno agradou bastante o grupo pela mineralidade, boa acidez e tipicidade. Às cegas foi confundido com um legítimo alemão e superou europeus na casa dos R$ 200 a R$ 300.

A Vinea (www.vinea.com.br) ainda tem algumas garrafas para vender, tanto da safra 2008 quanto da 2009. Detalhes da degustação: http://serenissimavinhos.blogspot.com.br/2013/01/rieslings.html

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Um oásis da boa gastronomia italiana em Perdizes

Circulando pelo “lado novo” de Perdizes, entre sobrados e novos edifícios residenciais, que se multiplicam na região, avistei uma casa com fachada em forma de arco, remetendo ao que seria uma construção clássica italiana, que me chamou a atenção. Logo atrás, no quintal, mesinhas com toalhas xadrezas, típicas de cantinas italianas, que me fizeram concluir tratar-se de mais um restaurante que tenta a sorte nas Perdizes.

Passei por ali diversas vezes antes de tomar coragem e arriscar. Foi num final de semana, talvez um domingo, um daqueles dias em que eu pego o carro e saio meio sem destino, antes de decidir onde almoçar. Por falta de opções, pressão da Alice e curiosidade, resolvi finalmente conhecer o lugar, o Vecchio Cappelletti, localizado na rua Bartira, 1.242 (fone: 3675-7073).
 
Foi uma das mais interessantes descobertas que fiz recentemente, pois o restaurante está localizado em um lugar “improvável” para se achar coisas boas e, o melhor, pertinho da minha casa. Lugar pequeno, com meia-dúzia de mesas no salão interno, bem arrumadinho, mas sem a menor pretensão. Quase sempre vazio, pois ainda não foi divulgado – pelo que apurei será “marqueteado” nas próximas semanas.
 
Confesso que minha primeira reação não foi boa, pois ao abrir o menu me deparei com uma lista de vinhos medíocre e cara, que quase me fez levantar e sair. Mesmo contrariado fique, pois o trabalho para levantar acampamento com 2 crianças reclamando de fome não seria nada simples. Reclamei um pouco, pois detesto beber cerveja em restaurantes italianos, mas não tive escolha. Dei por perdido o passeio enogastronômico e me conformei que estava ali para matar a fome apenas.
 
Passada a fase dos resmungos, olhei as opções de pratos da casa e percebi que ali tiveram bem mais cuidado do que na relação de vinhos. Boas e variadas alternativas de antepastos, saladas, caldos, massas, peixes e carnes. Nada a ver com aqueles cardápios insanos de cantinas que exageram na quantidade e pecam na qualidade. Ali as opções eram variadas, mas limitadas ao viável para um restaurante daquele porte.
 
Chega a ser injusto indicar o que pedir no Vecchio Cappelletti, pois nas três vezes que estive lá só tive excelentes experiências. Mas vou dizer o que mais me marcou. Para começar, a bruscheta de tomate e o crostini ao pesto, verdadeiramente especiais, saborosos, muito bem feitos. Para o prato principal, até agora fiquei nas massas, feitas de forma caseira, o que diferencia esse restaurante da grande maioria dos italianos que encontramos por aí. Massas muito caprichadas, saborosas, servidas sempre ao dente.
 
Recomendo o Girasole gratinada com molho branco, uma espécie de reviole recheado com mussarela de búfala. Muito diferente e saborosa. Outra excelente pedida é o Penne ao pesto. Arrisco dizer que é um dos melhores pesto que já provei. Muito bom mesmo! Outra escolha que não tem erro é o Strapatti, uma espécie de massa de lasanha, só que um pouco mais fina, que sai do cilindro e é “rasgada” a mão, em pedaços desuniformes, servida com manteiga, manjericão e parmesão. Uma simplicidade deliciosa, que remete aos verdadeiros restaurantes familiares italianos. O atendimento é muito atencioso, com bons e simpáticos garçons.
 
Pelo que me informei, o Vecchio Cappelletti foi aberto há poucos meses por sócios que não são do ramo, mas que gostam de boa gastronomia. Um deles está sempre na casa e na minha última visita o vi preparando pessoalmente os pratos. Lembra uma trattoria familiar mesmo, apesar de não ser.
 
Com relação aos vinhos, resolvi o problema levando o meu e pagando os R$ 30 da taxa de rolha. Vale muito a pena! Sobre preço, não é barato. Cada prato custa entre R$ 35 e R$ 40, na média, sendo que as opções para duas pessoas giram em torno de R$ 60 a R$ 70. Mas vale cada centavo e recomendo a visita. Nas próximas semanas retornarei para explorar saladas, carnes, peixes e sobremesas.

domingo, 15 de julho de 2012

Comida cantineira com preço de alta gastronomia

Há mais de uma década, quando eu ainda era solteiro, meu passeio preferido era ir a cantinas italianas com música ao vivo, vinho da casa, pão e azeite à vontade e porções "familiares". Gostava desse tipo de programa porque reunia algumas das minhas paixões: música italiana, massa e vinho. Fora o clima de descontração e os preços viáveis para quem queria repetir a dose toda semana.

Nessa época eu batia ponto em cantinas como Famiglia Mancini, Lellis, Vico d'Scugnizzo, La Bella Cucina (fechado), Cantina 1020, Belvedere Gran Roma e Roperto. Em algumas delas tinha lugar cativo, era amigo dos músicos, tinha até foto na parede. Eu era mais "flexível" e não me importava tanto com massas "carregadas" e vinhos simplórios. O ambiente e o conjunto da coisa me agradavam bastante. E, no final da noite, vinha aquela conta que eu conseguia pagar com minha bolsa de estagiário.

Mas infelizmente foi-se o tempo em que ir a uma cantina italiana era alternativa para comer fartamente pagando pouco. Ontem decidi reviver os saudosos tempos, desta vez com a família. Bem, para falar a verdade fiz algumas "adaptações", entre elas levar meu próprio vinho, pois aqueles que bebia anos atrás talvez não me agradassem tanto. Escolhi um velho conhecido, o Lellis da Bela Cintra, um dos que ia semanalmente nos idos de 1990/2000.

A minha primeira surpresa foi dar de cara com uma bela adega climatizada, repleta de rótulos - não apenas argentinos e chilenos baratos, como no passado -, alguns deles com preços bastante atrativos. Mas abri o que levei mesmo, pois a ideia era não gastar muito. As surpresas desagradáveis vieram com os pratos e terminaram na conta. Dispensei o couvert e me servi na mesa de frios, que estavam bem abaixo do que eu chamo de bom e me custaram quase R$ 40. Pedi um único prato para a família, mas a porção encolheu em relação ao que era no passado e mal deu para o casal - já o preço disparou assustadoramente: uma porção de 4 rondeles a R$ 98 é algo inimaginável em uma cantina anos atrás.

O resumo da ópera é que comemos bem "mais ou menos", bebi meu próprio vinho (R$ 30 de taxa de rolha) e paguei R$ 200 na conta! Considerando que basicamente comi uma porção de frios e um prato de massa, me parece bastante exagerado e bem distante do que era uma cantina italiana nos tempos em que a simplicidade e os bons preços eram os grandes diferencias.

No caso do Lellis, sofisticaram na adega e na redução da porção, mas não investiram na qualidade do atendimento e na comida, que só decaíram. Piorou e ficou mais caro. É um lugar no qual dificilmente voltarei. Seguiu a linha da Famiglia Mancini, que também tem cobrado preços de alta gastronomia para servir massas molengas e nadando no molho - com a diferença de que, lá, as porções continuam generosas. Mas é outro lugar que não me atrai mais, fora as boas lembranças do passado.

Sei que ainda há cantinas mais "razoáveis" nos preços, que mantêm a simplicidade e a qualidade da cozinha caseira com a temática italiana. Mas é notório que comer fora em São Paulo está cada vez mais difícil. Pagar preço de alta gastronomia em uma cantina não dá. É o fim da linha. Se é para gastar R$ 200, vou a um bom restaurante, onde se come bem e o garçom não finge que não te vê enquanto você implora para ser atendido.

sábado, 14 de julho de 2012

Aguinaldo Záckia te leva para a Borgonha, Beujolais, Rhône, Jura e Suíça

O amigo e confrade Aguinaldo Záckia está organizando mais uma de suas fantásticas viagens enogastronômicas. Desta vez o destino são algumas das principais regiões produtoras de vinho da França e Suíça. Não é todo dia que se tem a oportunidade de conhecer alguns dos melhores produtores europes na companhia de um expert. Viagem altamente recomendável e poucas vagas disponíveis!


VIAGEM À BORGONHA, BEAUJOLAIS, RHÔNE, JURA E SUIÇA

DEGUSTADORES SEM FRONTEIRAS

4 ÚLTIMOS LUGARES!
 VIAGEM À BORGONHA, BEAUJOLAIS, RHÔNE, JURA E SUIÇA

Visitando  DIJON, BEAUNE, NUITS-ST-GEORGES, MÂCON, ROANNE, LYON, AMPUIS, VIENNE, ANNECY, GENÈVE, MONTREAUX, GRUYÈRE e outras cidades de interesse

com o acompanhamento de AGUINALDO ZÁCKIA ALBERT 

ROTEIRO

05/10, 6ª feira: SP/Lyon.

06/10, sábado: Lyon/Beaune – Hospedagem Hotel Château de Challanges.

07/10, domingo: Visita a Beaune (Hospices de Beaune e arredores).

08/10, 2ª feira: Beaune. Manhã – Visita ao produtor ALBERT BICHOT (Beaune). Tarde – Visita ao produtor DOMAINE FAIVELEY (Nuits-St-Georges).

09/10, 3ª feira: Beaune. Manhã – Visita ao produtor LOUIS LATOUR (Beaune). Tarde – Visita ao produtor LOUIS JADOT (Beaune).

10/10, 4ª feira: Beaune. Manhã – Visita ao CLOS DE VOUGEOT (entrada inclusa). Visita à cidade de  Dijon. Almoço no restaurante Chapeau Rouge, em Dijon (incluso). Volta a Beaune.

11/10, 5ª feira: Beaune. Manhã – Visita ao produtor CHATEAU DE PULIGNY-MONTRACHET  (Puligny-Montrachet) e a centros históricos.

12/10, 6ª feira: Beaune/Lyon. Manhã – Saída em direção ao Beaujolais. Visita ao produtor CHÂTEAU DES JACQUES, em Moulin-à-Vent no coração do Beaujolais. Almoço. Saída para Lyon. Hospedagem no Hotel L´Ermitage, em Saint Cyr au Mont Cindre, a 15 minutos de Lyon. Restante do dia livre em Lyon.

13/10, sábado: Saída para Lyon. Visita ao Mercado de Lyon. Cooking Class em Lyon. Noite livre em Lyon.

14/10, domingo: Passeio pela região. Almoço no Restaurant Paul Bocuse, em Collonges au Mont D´Or, o maior nome da Cozinha Tradicional Francesa, 3 estrelas no Guia Michelin (incluso com bebidas). Tarde livre para passeios em Lyon e região.

15/10, 2ª feira: Lyon. Saída para Ampuis, Vale do Rhône, capital da AOC Côte-Rôtie. Visita ao Produtor VIDAL-FLEURY (Ampuis). Almoço em Vienne. Tarde livre em Lyon.

16/10, 3ª feira: Saída de Lyon rumo a Annecy. Visita a um produtor de vinhos da região do Jura (França, próximo de Genebra) ou Valais (Suíça). Em Annecy, hospedagem no Hotel Les Tresoms.

17/10, 4ª feira: Visitas a Annecy. Cruzeiro no final do dia pelo lago de Annecy.

18/10, 5ª feira: Saída de Annecy para Lausanne (visita rápida) e saída para Montreaux. Embarque no Swiss Chocolate Train (degustação de vinhos, chocolates e queijos). Parada em Gruyère para visita a fazenda de queijos e final na fábrica de chocolate da Nestlé, em Broc. Retorno a Genève. Hospedagem no Manotel Royal, em Genève.

19/10, 6ª feira: Genève. Dia todo de visitas na cidade de Genève e arredores (cruzeiro pelo lago de Genève, Museu de Patek Phillip e Mount Saleve). Jantar especial de encerramento no Parc des Eaux-Vives (incluído).

20/10, sábado: Traslado ao aeroporto. Genève/Paris/Guarulhos.
 


Proposta de viagem

Parte terrestre


Valores por pessoa em Euros
Em acomodação dupla: € 5 980
Em acomodação individual: €  6 990
   

Formas de pagamento


À vista no cheque ou em depósito bancário
Entrada de 25% + 5x sem juros no cheque

Parte aérea


Voando Air France em classe econômica nos vôos abaixo ou similares

AF 459 05OCT Guarulhos / Paris   1910  1110   06OCT
AF7646 06OCT Paris / Lyon    1600 1710
AF1243 20OCT Geneve / Paris    0730  0840
AF 456 20OCT Paris / Guarulhos     1050  1715

US$ 1.260,00 + US$ 360,00 (taxas)


Parte terrestre

06/13 de Outubro - Hospedagem no hotel Château de Challanges em Beaune com café da manhã e taxas


13/16 de Outubro - Hospedagem no hotel L´Ermitage, a 15 minutos do centro de Lyon, em Saint Cyr au Mont Cindre, com café da manhã e taxas

16/18 de Outubro - Hospedagem no hotel Les Tresoms em Annecy com café da manhã e taxas

18/20 de Outubro - Hospedagem no hotel Manotel Royal em Geneve com café da manhã e taxas

Traslados de chegada e saída com assistência em Português

Ônibus luxo privado a disposição para o itinerário descrito

Degustações de vinho

Cooking Class (Aula de Culinária Francesa)

Swiss Chocolate Train

Guia acompanhante em Português durante todo o período

Refeições descritas no itinerário

Serviços descritos no itinerário

Seguro Viagem Schengen obrigatório MAPFRE cobertura até EUR 30.000,00


RESERVAS COM AD TURISMO (11) 5087 3455 (CINTHIA)
E AGUINALDO ZÁCKIA ALBERT (11) 3287 1703


   

IMPORTANTE


Os organizadores se reservam o direito de fazer modificações eventuais na programação caso surja algum contratempo incontornável, o que é muto raro acontecer. Nesse caso, será feita uma substituição à altura do produtor que seria visitado.



Sites dos hotéis


Hotel Château de Challanges -
http://www.chateaudechallanges.com/fr/index.php


L´Hermitage – http://www.ermitage-college-hotel.com

Hotel Les Tresoms Annecy - http://www.lestresoms.com/index-gb.php

Manotel Royal - http://www.manotel.com/en/royal/index.php  

sábado, 30 de junho de 2012

Boa compra: Maycas del Limarí Pinot Noir Reserva

Maycas del Limarí Pinot Noir Reserva, ótimo chileno do Vale do Limarí. Outro vinho que comprei na Wine (www.wine.com.br), safra 2010. 

Rubi com boa intensidade, levemente violáceo. Fruta vermelha intensa, em especial morango, e ervas, com um toque de madeira muito sutil. Na boca, fruta vermelha marcante, alta acidez, álcool presente (14%), média/boa intensidade e média persistência. Depois de alguns goles senti um caramelo no final de boca, que vai ficando mais presente conforme o vinho respira e perde o excesso de álcool.

Vinho muito agradável, sem extração excessiva e madeira na dose. Pede decanter para dar uma respirada. Gosto muito desse produtor e das linhas reserva e reserva especial dele. O Shiraz é muito bacana. Esse é um dos melhores pinot chilenos que já provei. Quiçá um dos melhores do Novo Mundo na faixa até R$ 100! Custa R$ 70 na Wine (sócio paga 15% mais barato). Ótimo negócio.

Boa compra: Quinta do Crasto Superior

Quinta do Crasto Superior, um português do Douro bastante intenso e saboroso. Sempre que bebo esse vinho fico impressionado com a ótima relação custo-benefício. A última safra que bebi foi a 2009.

Vinho novo, com cor rubi violáceo intenso. Nariz muito frutado, puxando para frutas negras e cassis. Toques vegetais e leve tabaco. Na boca, ainda um pouco alcoólico, precisa de decanter. Boa acidez, bastante fruta e um leve toque de manteiga. Macio, taninos presentes, mas fáceis de beber. Bom corpo e boa persistência.

Essa safra 2009 merece uns 5 anos de garrafa ainda, pelo menos. É um vinho que custa R$ 79 na Wine (www.wine.com.br), mas que supera outros até mais caros. Vale comprar uma caixa e esquecer na adega.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Dia dos namorados com boa enogastronomia


Dia dos Namorados é coisa séria e o mínimo que se quer é um bom ambiente, menu de primeira e opções variadas de vinho. Indico dois lugares que são garantia de uma noite excelente, com todos os ingredientes acima citados.
Na verdade, são dois restaurantes que tenho frequentado bastante pela correção da cozinha e pelo excelente serviço do vinho. O Marcel, francês, e o Rosmarino, italiano. Mas tem que ser ligeiro, pois em datas como essa as mesas se esgotam rapidamente.

Serviço

Rosmarino: http://www.rosmarino.com.br/evento.php
Marcel: http://www.restaurantemarcel.com.br/site/site_flash/#/dia-dos-namorados/

domingo, 22 de abril de 2012

Proteste contra as salvaguardas na Expovinis 2012


Farei como sugerido pelo amigo João Filipe Clemente. Irei de preto à Expovinis e ignorarei os estandes e eventos de vinhos nacionais.

Vamos dar um grande NÃO aos mentores desse crime contra o vinho e contra o consumidor brasileiro!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Contraproposta aos produtores nacionais

Estou disposto a levantar a bandeira branca na guerra contra as salvaguardas. Para que os produtores nacionais não acusem de intransigentes aqueles que defendem o boicote ao vinho brasileiro, acho justo fazer uma contraproposta e abrir um caminho de conciliação. A ideia é a seguinte: se a Ibravin e as demais entidades que representam as vinícolas nacionais retirarem o pedido de salvaguardas, me comprometo a puxar o movimento para redução de impostos para o vinho nacional.

Tenho certeza de que a adesão de blogueiros, jornalistas, lojistas, restaurantes e associações como Sbav e ABS, além dos consumidores, será imediata. A proposta seria aproveitar a mobilização contra as salvaguardas para pressionar o governo a reduzir a altíssima carga tributária imposta aos produtores brasileiros. Se a proposta for aceita, começo no dia seguinte a campanha, com força total, e sei que não estarei sozinho. Aliás, sei inclusive que as associações que representam os supermercadistas entrariam numa campanha para zerar os estoques das vinícolas gaúchas. Todos estariam em prol do vinho nacional! Me parece uma saída coerente e justa para todas as partes, concordam?

A contraproposta está lançada! 

domingo, 8 de abril de 2012

Vem aí a Coca-cola de uva fermentada!

Tive uma visão do futuro nesta noite! Sonhei que estava no ano de 2032 e visitava uma renomada vinícola brasileira na Serra Gaúcha. O lugar era enorme, com meia-dúzia de funcionários e muitas, mas muitas máquinas. Lembrava até uma daquelas montadoras de automóveis do ABC, com tudo automatizado e controlado. Tudo era assustadoramente igual, padronizado, sem cor e sem cheiro. Dos tanques de aço às garrafas e tampas, que eram idênticas às de Coca-cola!

Ali se fazia um único vinho, a partir de uvas fabricadas em laboratório, todas idênticas, fermentadas da mesma forma, resultando em milhões de garrafas iguais, de uma mesma bebida, que todos ali chamavam de vinho nacional! Não havia rótulos, mas sim uma impressão nas garrafas, cheia de avisos sobre as substâncias contidas no frasco. Até a quantidade de calorias era indicada!

Acordei suado, assustado e reflexivo. Afinal, por que raios tive essa visão tenebrosa do nosso futuro vitivinícola? Seria um sinal do que está por vir? Pensando sobre o assunto agora de manhã, concluí que pedir salvaguardas para os vinhos nacionais é, de fato, sinal inequívoco de que os produtores gaúchos entendem e tratam a bebida como Coca-cola, como um produto passível de produção em série, padronizado. E se eles pensam assim, meu medo das salvaguardas fica ainda maior, pois é um indício do que seremos forçados a beber caso os importados deixem de chegar ao Brasil. Parece que os produtores nacionais desistiram de apostar na qualidade e na identidade do seu vinho - que o tornaria único e incomparável - para produzir uma bebida padronizada, como de fato já são alguns dos piores vinhos produzidos em solo brasileiro.

O absurdo do pedido de salvaguardas reside no fato de tentar tornar similares produtos completamente distintos. É como dizer que dá na mesma ouvir Michael Jackson e Gilberto Gil porque ambos são música. Ou que não há diferença entre comprar um Picasso ou um Romero Britto porque ambos "enfeitam a parede". Visão tupiniquim de gente sem cultura e sensibilidade. Ou de gente mal intencionada, que se aproveita da má fé dos nossos políticos para ganhar dinheiro fácil.

Eu compreendo e aceito pedir salvaguardas para indústrias que produzem itens replicáveis em qualquer lugar, como tecidos, brinquedos e até carros. Indo para um exemplo extremo, tenho certeza de que a Ferrari poderia abrir uma fábrica no Brasil e produzir um automóvel tão bom quanto o italiano. Mas duvido que a Domaine de la Romaneé-Conti seria capaz de elaborar um Borgonha na Serra Gaúcha!

Vinho é uma bebida única, que expressa terroir, o trabalho do enólogo e a filosofia do produtor. Eu bebo um Bordeaux porque ele é a expressão daquele lugar único. E é por isso que eu chamo um Bordeaux de Bordeaux, ora bolas! É ÓBVIO! Portanto, não se pode produzir o mesmo vinho em diferentes países, não cabendo salvaguardas, consequentemente. Cada garrafa conta uma história, expressa o resultado de um trabalho e a identidade de uma região. Tal como a música ou outras modalidades artísticas, é expressão cultural e da diversidade. Quanto mais acesso temos a essa diversidade, mais ricos somos como país e como pessoas.

Mas nosso governo e nossos produtores parecem entender de outra forma. Talvez porque tratem o vinho como commodity, como uma bebida industrial, replicável, padronizada e sem identidade. Tenho medo do que o futuro nos guarda em sua adega...