sábado, 21 de agosto de 2010

Comprando vinhos evoluídos: Parte III

Nas últimas semanas, participei de três belas degustações de Amarone, um dos vinhos que mais gosto, para a revista Free Time, na Sbav-SP e na confraria Wine St. Foram experiências fantásticas, pois tive a oportunidade de beber mitos como Quintarelli e Romano dal Forno. Mas deixarei esse assunto para um post específico sobre Amarone, inclusive com um ranking dos melhores e recomendados.

Hoje, quero apenas inidicar uma outra oportunidade para quem gosta de beber vinhos evoluídos. Desta vez falarei da Casa Flora, em São Paulo, que tradicionalmente oferece vinhos a preços mais "viáveis", mas que também pode ser procurada por quem quer comprar garrafas de duas, três ou até quatro décadas atrás.

Durantes minha jornada com os Amarone, bebi um Bertani de 1968, na Sbav de São Paulo, e, por curiosidade, fui investigar se havia outras preciosidades de onde saiu essa garrafa, a Casa Flora. Na verdade, eles mantêm um belo estoque de vinhos do porto de safras bastante antigas, além dos Amarone Bertani e alguns rótulos espanhóis. Vale contatar a importadora e pedir a lista completa de produtos, pois há coisas interessantes.

Quanto ao Amarone Bertani, tema deste tópico, infelizmente ele já estava em evidente decadência. De cara se percebia a idade, pois o vinho é claro, com tom atijolado e largo halo de evolução. No nariz, senti cânfora, um pouco de oxidação e algum animal - talvez couro. Na boca, ainda se sentia a acidez e o tanino, apesar da pouca intensidade. O vinho tinha bom corpo e persistência considerável. Mas já não era aquela coisa toda... Eu não pagaria os quase R$ 1 mil que essa garrafa custou. Mas vale checar outras safras disponíveis, das décadas de 70 e 80. Quem sabe estejam mais "vivas".

Casa Flora: http://www.casaflora.com.br/

2 comentários:

Unknown disse...

Que pena os Amarones do Bertani não estarem mais "inteiros". Ano passado eu quase comprei o 1967 (meu ano), mas acabei desistindo.
Parece que evitei uma frustação!

Luiz
www.vinhosemaisvinhos.blogspot.com

Paulo Sampaio disse...

Luiz, esse 68 que bebi estava vivo, mas o pulso já não era mais o mesmo. A experiência é interessante, mas a relação custo-benefício certamente não vale. É muita bala para um vinho que já não está no auge. Por 1/3 desse valor você compra um belíssimo Amarone "tinindo".