domingo, 27 de janeiro de 2008

Livros para comer e beber

Quem busca informações sobre vinhos e gastronomia tem à disposição, hoje, um número quase infinito de livros, revistas e sites sobre o tema. Sou daqueles que ainda gostam de livros, de folhear as páginas e que entram em uma livraria – seja fisicamente ou pela internet – para fuçar as prateleiras em busca de uma novidade.

Às vezes me perco no meio de tantas opções, mas sempre acabo trazendo para casa algo que valha a pena. Listarei a seguir livros que considero interessantes para quem quer conhecer mais sobre vinho e gastronomia.

Não são livros de receitas ou dicas de vinhos, mas sim publicações que abordam o tema de forma mais ampla e que, sem dúvida, servirão de base para quem quer entrar nesse universo ou se aprofundar nele.



A bíblia do vinho (Ed. Ediouro)
Como o próprio nome diz, a publicação se assemelha a uma bíblia em razão do tamanho. Trata-se de uma espécie de enciclopédia sobre vinhos, muito útil para consulta, já que aborda o tema em detalhes, passando por praticamente todas as principais regiões produtoras de vinhos do mundo, com informações sobre suas uvas, seus produtores e seus vinhos.

Tintos e brancos (Ed. Ática)
Também passa pelas principais regiões produtoras do mundo, com informações sobre o que é produzido de melhor em cada uma delas.

101 dicas sobre vinho que você precisa saber (Ed. Mandarim)Este é para quem não tem tempo ou disposição para uma leitura mais prolongada, mas quer obter as informações básicas sobre o mundo do vinho.

Tradição, conhecimento e prática dos vinhos (Ed. José Olympio)Outra opção para quem quer ter uma boa visão sobre o mundo dos vinhos, mas não tem tempo ou disposição para fazer um curso sobre o assunto.

Vinho e comida (Ed. Companhia das Letras)
Um dos melhores livros sobre enogastronomia que conheço. Fala sobre uvas, vinhos e harmonização com alimentos.

Sommelier, profissão do futuro (Ed. Senac RJ)
Trata especialmente do serviço do vinho e de todas as atividades que dizem respeito a quem trabalha com a bebida. Ótimo para aqueles que estão montando uma adega ou que querem aprender a melhor forma de comprar, organizar, armazenar e servir a bebida.

Le Cordon Bleu – Todas as técnicas culinárias (Ed. Marco Zero)Este livro, que leva o nome de uma das mais tradicionais escolas de gastronomia do planeta, traz informações básicas sobre técnicas de cozinha, além de receitas tradicionais. Recomendo não apenas este livro, mas toda a série da Le Cordon Bleu.

400g – Técnicas de cozinha (Ed. Companhia Editora Nacional)
Este é um livro bastante completo, que traz toda a base da cozinha para quem quer se aprofundar no assunto. É o conteúdo básico de qualquer curso de gastronomia, tratando desde utensílios utilizados na cozinha, até ingredientes e preparações. É o melhor livro do gênero que conheço.

Ingredientes (Ed. Konneman do Brasil)
Este livro apresenta uma lista enorme de ingredientes utilizados na gastronomia, com muitas fotos. É excelente para consulta, especialmente quando se quer preparar um prato que leva itens não comuns no nosso dia-a-dia.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Happy hour, espumante e a conta!

Ser bebedor de espumante é maravilhoso, mas pode causar certa dor de cabeça - não por conta de ressaca, o que seria facilmente solucionado com o velho e bom Engov - quando se pratica esse hobby em público (público que não conhece a bebida, mais especificamente).

Certa vez, num happy hour com colegas de trabalho (e seus/suas respectivos/respectivas acompanhantes), sentamos no bar José Menino, na Vila Madalena, e começamos a fazer os pedidos. Estávamos em umas 20 pessoas, e cada um pediu um chopinho, um uisquinho, e por aí vai.

Eu, como sempre, pedi um espumante, e esse era um prosecco italiano - muito bom, por sinal. Não custava mais do que R$ 50 ou R$ 60 na época. A garrafa chegou, e todos olharam com aquela cara de "xiii, esse não veio para brincar..."

Aí, um pede uma tacinha daqui, outro propõe um brinde geral dali, e as garrafas de prosecco começam a ir como água - sabe aquela colega tímida que não bebe nada, mas sempre aceita "uma tacinha" de "champanhe"? E eu, é claro, sempre sendo o responsável por pedir a bebida e servir os animados colegas. Note-se que, em 20 pessoas, cada brinde significava uma garrafa finalizada em 2 minutos, quando eu me demorava no serviço da bebida...

Resumo da história. Se eu bebi meia garrafa a noite toda, foi muito. Mas foram pedidas 4 delas, compartilhadas por colegas que "só beberam um pouquinho". Adivinhem o que aconteceu??? A conta chegou, e logo me olharam com aquele olhar fulminante, de quem diz: "Paulo, que absurdo, você é folgado, hein!?"

Pois é, um dos colegas "bebuns" resolveu expressar o sentimento do grupo e, com a conta na mão e em tom inônico, mandou na lata: "Também, o Paulo só bebeu 'champanhe' a noite inteira!"

Bom, meus caros. Não sou de deixar barato... Ainda mais depois de beber umas e outras. Peguei a conta, comecei a analisá-la e encontrei nela mais de 20 doses de uísque, além de 3 pratos à base de camarão e lula, cada um a R$ 40 - o tonto aqui só comeu porçãozinha a noite toda.

Agora, a moral da história: se você está em uma roda de colegas, conhecidos ou até mesmo amigos e a conta será rateada por igual, prepare-se ao pedir espumante. Todo o ritual que acompanha a bebida impressiona as pessoas. O glamour do espumante, com o balde, o estouro da rolha (se o garçom é de bar, isso vai acontecer, pois ele acha que tem que chamar a atenção...) e as bolhinhas na taça remetem a luxo, e isso fará com que todos te olhem feio quando a conta chegar - ou mesmo antes disso.

Bom, eu passo por isso sempre, pois em cinco de cada dez happy hours de que participo peço espumante. Mas não estou nem aí, já que quatro doses de uísque (bom) geralmente custam o mesmo que uma garrafa de um espumante nacional. A menos que na mesa haja uma desproporção evidente entre o que eu consumo e o que os outros pedem (situação em que tomo a iniciativa de propor o rateio proporcional), a conta é rateada por igual, e eu não dou nem bola para cara feia!