segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Espumantes para os dias e noites quentes que vêm por aí

Final de ano é época de beber espumante. No Brasil, o calor do verão é uma razão a mais para que isso aconteça e para que a bebida não seja consumida apenas nas comemorações do Ano Novo. Eu, por exemplo, faço estoque, pois o calor vai longe e bons espumantes são o melhor que podemos beber, seja na praia, seja aqui em São Paulo mesmo.

Geralmente coloco parte das garrafas na adega e parte na geladeira, para facilitar as coisas. Chegar em casa após o trabalho, numa noite quente, e ter de esperar o vinho atingir os 6ºC pode ser desesperador... Melhor deixar as garrafas do "dia-a-dia" prontas para o abate! Boas opções para essas ocasiões mais cotidianas são o Casa Valduga Arte Brut e o Dal Pizzol Brut Rosé. Ambos na faixa de R$ 25 a R$ 30 - vale comprar em maior quantidade ou direto dos produtores para pagar menos.

Já numa faixa acima, que vai de R$ 35 a R$ 70, geralmente opto por estes: Cave Geisse Brut, Casa Valduda 130Adolfo Lona Brut Champenoise, Miolo Millésime e Dal Pizzol Brut Champenoise. Entre os rosés, opto pelo bom portugês Filipa Pato 3B. Todos são muito legais e podem ser encontrados em casas especializadas, supermercados e sites na internet.

Para quem quer investir um pouco mais - algo entre R$ 150 e R$ 200 -, recomendo os champanhes Piper-Reidsieck Brut e Deutz Brut, que estão na faixa de preço dos champanhes mais manjados do mercado brasileiro, mas têm qualidade superior. Entre os franciacorta, recomendo o bom e velho Cuvée Prestige Cà del Bosco.

Mas se você quer experimentar algo diferente e sair do lugar-comum, duas experiências recentes me chamaram a atenção: o australiano Bridgewater Mill (Petaluma Wines), vendido pela Wine Society, e o húngaro Hungaria Grand Cuvée Brut (Törley), importado pelo Empório Húngaro. Ambos a menos de R$ 100 e muito interessantes.

Estas são as minhas dicas para encarar o calor sem ter de abrir mão de um bom vinho.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Casa Vidigal abre loja na Oscar Freire

Ontem, precisei comprar alguns vinhos para levar a um jantar e resolvi conhecer a recém-inaugurada loja da Casa Vidigal, na Rua Oscar Freire, 2.236, a duas quadras do Metrô Sumaré. Trata-se de mais uma boa opção na região, até então praticamente restrita ao tradicional Confraria Queijo & Vinho, na Av. Dr. Arnaldo.

São cerca de 500 rótulos, do Velho e do Novo Mundo, a preços interessantes, no geral. O Quinta da Bacalhôa 2008, a R$ 98, é um bom exemplo. Há opções bastante conhecidas, trazidas por grandes importadoras, como o Amayna, da Mistral. Outras, não tão fáceis de serem encontradas, como o bom neozelandês Cloudy Bay Sauvignon Blanc, que inclusive foi um dos vinhos que comprei para o jantar. Muito bacana, como geralmente são os sauvignon blanc da Nova Zelândia.

A lista de espumantes inclui opções que vão de Champanhe a bons nacionais, como o Casa Valduga 130. Para acompanhar a sobremesa, também há opções além dos manjados colheita tardia sulamericanos e de Vinhos do Porto, como Moscatéis de Setúbal - incluindo o Roxo -, Madeira e Tokay. A casa também trabalha com destilados e oferece um pequeno espaço para cursos, palestras e degustações. Vale conhecer.

Mais informações: www.casavidigal.com.br

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Americanbox e o conto do vidraceiro

Mais uma vez sou obrigado a utilizar este nobre espaço, usualmente dedicado ao prazer, para denunciar empresas que não são sérias e que, a despeito de deitarem e rolarem sobre o Código de Defesa do Consumidor e da Lei, continuam atuando e enganando desavisados como eu. A partir de agora vocês não poderão dizer que não foram alertados sobre a forma de atuar da Americanbox, que vende o serviço, pega o dinheiro e some. Parece incrível, não? Eu também duvidaria se me contassem. Mas é a mais pura verdade, que me custou R$ 4.500. Estes são aos fatos...

No dia 27 de outubro, contratei a Americanbox para executar o serviço de fechamento de 3 sacadas e 2 boxes de banheiro. Os prazos combinados foram 11/11 (boxes) e 27/11 (sacadas). Na assinatura da proposta, entreguei 2 cheques no valor de R$ 4.500 cada, com vencimentos em novembro e dezembro. Para a minha surpresa, em ligação realizada na primeira semana de dezembro para saber a razão do atraso na entrega dos itens contratados, descobri que o projeto simplesmente não foi feito por "problemas técnicos" (será?). A Americanbox não me contatou para comunicar tal fato e esperou eu entrar em contato, mais de 30 dias depois, para me dizer que "cometeram um erro" no projeto e que ele havia sido cancelado!

Como um dos cheques já havia sido descontado – mesmo depois de a Americanbox saber da inviabilidade do projeto –, venho enfrentando muitas dificuldades e descaso para recuperar meu dinheiro. Eles simplesmente não me atendem, não respondem e-mail e, quando eu consigo falar, dizem que o “cancelamento” já foi encaminhado e que será aprovado por toda a gerência antes da devolução do dinheiro. A previsão é que o processo leve 20 dias. Pedi para formalizarem esse prazo por e-mail, mas eles simplesmente não fazem e dizem que não podem prometer nada. Como se estivessem me fazendo um favor de devolver o dinheiro que tomaram de mim!

Considerando que não se trata de desistência de compra, mas sim da não-entrega deliberada do que foi comprado e pago, mando e-mails diariamente para a Americanbox há duas semanas, exigindo a devolução imediata do meu dinheiro. Nenhum dos contatos que faço é retornado. Nessa série de e-mails, disse inclusive que tomaria as providências cabíveis, entre elas acionar o Procon e fazer um Boletim de Ocorrência por estelionato, que é exatamente do que se trata. Mas nada comove ou amedronta a Americanbox, que parece certa da impunidade!


Continuo aguardando a devolução do meu suado dinheiro, mas já estou buscando a solução em outras esferas. As amigáveis estão praticamente esgotadas. Basta ver a ficha corrida desta empresa no site Reclame Aqui para desanimar e ter a certeza de que a dor de cabeça vai longe. Viver no Brasil definitivamente é um desafio de paciência...