quarta-feira, 30 de março de 2011

Espumantes nacionais tops farão embate na Sbav

Taí uma degustação que eu não perco! Será na terça-feira que vem, 5 de abril, às 20h, em local a ser definido. O painel contará com pelo menos 6 exemplares do que o Brasil produz de melhor em termos de vinhos espumantes.

O confrade Erick Scoralick, responsável pelas degustações na Sbav, foi pessoalmente até os produtores no Rio Grande do Sul e, neste momento, está selecionando as garrafas para essa degustação imperdível.

Em breve a Sbav divulgará os detalhes. Mas quem quiser já pode marcar na agenda ou mesmo solicitar pré-reserva pelo e-mail vinho@sbavsp.com.br.

domingo, 20 de março de 2011

"Tecnisa, mais descaso e incompetência por metro quadrado"

Esse deveria ser o slogan da Tecnisa, que só me deu dor de cabeça desde que tive a infelicidade de comprar um apartamento dessa construtora na planta.

O assunto não tem nada a ver com enogastronomia, mas está me causando gastrite. Como já recorri a todas as instâncias dentro da Tecnisa, decidi usar outros meios para resolver - ou pelo menos denunciar - meu problema. Eles adoram transitar pelas redes sociais e é nesse ambiente que começarei a atuar. Aliás, é engraçado eles dedicarem tanto tempo ao mundo virtual e simplesmente ignorarem seus clientes no mundo real. Se tiver problemas com a Tecnisa, esqueça telefone, e-mail ou visita à bela sede deles na Av. Faria Lima, em São Paulo. Você será tão importante quanto o vaso que enfeita a recepção!

Minha insatisfação não é de hoje. Comprei um apartamento na planta, e a obra atrasou meses, claro. Até aí, a desculpa é o "boom imobiliário", a grande demanda por imóveis, a falta de mão de obra qualificada (o resultado vejo todos os dias quando entro em casa) e aquela conversa que todo mundo já sabe. De lá para cá a construtora teve de me visitar para consertar as besteiras que fez pelo menos uma vez por mês. Claro que sempre após muitos e-mails e telefonemas de reclamação.

Mas o pior é o que estão fazendo comigo na questão do financiamento, que por idiotice topei fechar com eles, na promessa de que futuramente seria simples mudar. Comprei o imóvel e, no contrato, financiei uma parte direto com a construtora para, no momento oportuno, transferir o financiamento para um banco. É inacreditável, mas há 3 meses estou tentando transferir para o Itaú e não consigo, pois a Tecnisa repassou meu financiamento para uma outra empresa, chamada Pólo, há mais de um ano, e não documentou e formalizou corretamente essa transferência. O que acontece é que, na prática, pago as parcelas para a Pólo, mas, no papel, o financiamento ainda é com a Tecnisa.

O resultado disso é que uma empresa joga o problema para a outra e eu simplesmente não consigo me livrar dos juros absurdos que venho pagando. Já acionei o suposto "Relacionamento com o Cliente", que na verdade atua como uma secretária incompetente, transferindo meus telefonemas para ramais que só tocam e ninguém atende. E, quando atende, o infeliz diz "não é comigo". Nem o Itaú, que trabalha nesse ramo há anos, está conseguindo fazer algo simples como quitar meu financiamento com eles! É de um amadorismo e descaso inacreditáveis para uma empresa desse porte. Aliás, os acionastas da Tecnisa deveriam se preocupar, pois, nesse ritmo, em breve verão seu capital minguar.

Já tratei do problema com um monte de pessoas do Financeiro e do Jurídico, mas nada acontece. Toda vez dizem que vão "entender o que houve", pois eles mesmos admitem que o processo ficou parado, mas nunca retornam. Já mandei e-mail até para a alta direção, mas esses diretores devem estar em alguma praia do Caribe, pois nem abrir minhas mensagens devem ter aberto.

Moral da história: terei de contratar um advogado para conseguir transferir o financiamento. E, é claro, pedirei outras coisas mais, entre elas danos morais e materiais. Além de pagar os juros que, hoje, estão sendo impostos a mim, ainda tenho outro problema: não consigo vender o apartamento se quiser, pois, para isso, eu teria de quitá-lo. Mas como quitar se quem teria direito ao dinheiro - a Pólo - formalmente não pode assinar a quitação?

O palhaço da ilustração acima expressa exatamente como estou me sentindo: triste e com cara de panaca.

domingo, 13 de março de 2011

Quando o preço alto paga o rótulo: em breve na sua locadora!

Encontrei este vídeo no polêmico blog Bacco & Bocca e achei que ele expressa bem algo que sempre acreditei: a partir de um determinado nível de qualidade, os grandes vinhos - no caso, os Bordeaux, mas não apenas eles - se nivelam, ficando as gritantes variações de preço por conta do rótulo e daqueles que pagam por isso, e não pelo conteúdo da garrafa. Vale gastar alguns minutos e perder a sensação de incompetência nas degustações às cegas, quando não raramente pontuamos bem um vinho que custa a metado de outro com pontuação pior.

terça-feira, 8 de março de 2011

Por que se escreve sobre vinhos?

Quando lancei meu blog, em julho de 2007, tinha como objetivo registrar minhas ideias e experiências no mundo do vinho e da gastronomia, além de trocar informações com pessoas com o mesmo interesse – por isso o nome “Clube da Enogastronomia”. Naquela época não havia “um blog de vinhos em cada esquina” e a troca virtual se dava em espaços como Orkut, sem muita qualificação, até pela proliferação de “fakes” que inundavam as comunidades sobre vinhos, locais de disputa de egos e vaidades.

Nestes cerca de 4 anos, fui escrevendo as besteiras que davam na minha cabeça, comentando lugares, pratos e vinhos que chamavam a minha atenção. Tudo sem muito critério e disciplina, baseado apenas no que eu achava interessante compartilhar. Justamente por isso a frequência de postagens no meu blog sempre foi ruim, com posts espaçados. Como um hobby, a enogastronomia não produz tantas experiências interessantes e dignas de serem compartilhadas. Atualmente, tenho postado muita coisa sobre a Sbav, associação da qual participo, pois é o que tenho vivido intensamente. No entanto, acho que isso desviou um pouco o objetivo do meu blog – por esta razão criamos o próprio blog da Sbav, de forma a não mais misturar os canais.

O fato é que de 2007 para cá o cenário mudou bastante. Além do surgimento de centenas de “enoblogs” – quem sabe, milhares –, agora boa parte deles está reunida no site Enoblogs (uma ideia genial, diga-se de passagem), que nos dá uma visão clara do que tem sido escrito nos blogs de vinho no Brasil. Acesso quase que diariamente esse site, e a conclusão a que chego é que cada vez mais os blogs se tornaram um grande canal de divulgação para as importadoras, além de espaços para replicar conteúdos de outros sites, sem muita criatividade, originalidade, critério ou relevância.

Claro que há exceções, mas, no geral, parece haver uma competição para ver quem publica mais conteúdo, e é claro que isso joga a qualidade do que é publicado lá para baixo – até porque muitos blogueiros são pessoas jovens, com pouca bagagem para falar de vinho com tamanha intensidade. Vejo um mar de posts avaliando vinhos, muitos dos quais corriqueiros, com “análises” muitas vezes simplórias e baseadas nas fichas divulgadas pelos próprios produtores ou importadores. Esta impressão foi confirmada, dia desses, por um amigo produtor de vinhos que comentou ser exatamente esta a opinião dos profissionais do ramo – os próprios produtores e importadores “avaliados” pelos blogueiros não veem qualificação naqueles que os avaliam.

A pergunta que eu faço é: A quem interessa esse tipo de movimento protagonizado por uma geração de blogueiros? Será que se escreve apenas para fazer um registro pessoal do que se tem bebido e compartilhar experiências bacanas? Ou talvez para competir e se destacar nos rankings que apontam os blogs mais populares e “frutíferos” – ainda que os frutos sejam quase irrelevantes para a cultura do vinho? Ou, ainda, será que há interesse comercial em expor produtos específicos, sob encomenda de produtores e importadores?

Talvez não seja à toa que uma parte razoável dos posts avaliam (elogiam, na verdade) os vinhos provados em degustações promovidas por importadoras, em restaurantes bacanas, que tornam os blogueiros convidados reféns das empresas patrocinadoras, obrigados a destacar os “experimentos” se quiserem ser convidados para as próximas. Se for este o caso, em breve teremos uma reviravolta no mundo dos blogs sobre vinhos, pois, na minha opinião, este movimento está chegando ao ponto de saturação. Quando todos falam sobre tudo, nada se destaca, e a relevância do canal deixa de existir. Inclusive para aqueles que, hoje, se beneficiam dele e alimentam o sistema.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Um pouco sobre o tomate na Free Time

A edição número 17 da revista Free Time, que acaba de entrar no ar, traz uma matéria minha sobre o tomate e uma receita que considero imbatível no quesito "prática e gostosa".

A revista também publica uma degustação bacana com mais de 30 vinhos nacionais, além de outras matérias de grande interesse dos amantes da enogastronomia.

Clique aqui e leia a Free Time na internet.

Sbav e Mr. Man apresentam Marqués de Cáceres no Rosmarino