domingo, 29 de setembro de 2013

Ecully: boa gastronomia e atrativos extras para enófilos

Neste sábado, estive no Ecully, restaurante aberto em janeiro no bairro de Perdizes. Me surpreendi por nunca ter ouvido falar do lugar, que fica perto da minha casa e tem uma proposta bastante alinhada com o que costumo buscar em restaurantes. Para começar, não cobra taxa de rolha, o que é um grande diferencial para quem tem adega em casa e quer abrir seus vinhos comendo bem. Além disso, tem uma ótima carta de vinhos, feita pela Grand Cru, com rótulos a preços da importadora - precisa apenas comprar taças de cristal, mais condizentes com a proposta do lugar. O ponto alto é o ambiente, iluminado e aberto, perfeito para um almoço no final de semana.

A casa é tocada por dois jovens chefs formados no Brasil e que fizeram especialização na escola do Paul Bocuse, em Écully, cidade francesa que dá nome ao restaurante. A proposta é oferecer alta gastronomia contemporânea, misturando as cozinhas de diferentes países. O menu não é extenso, mas é variado e muito criativo. Na ocasião, provei como entrada a brusqueta de berinjela e as croquetes de funghi, opções que recomendo, pois estavam excelentes. Já nos pratos principais dei menos sorte. A barriga de porco, apesar de saborosa e visualmente muito bonita (foto), tinha muita gordura e pouca carne. O arroz de pato também pecou pela falta de carne e excesso de aceto balsâmico reduzido, que deveria dar um toque adocicado, mas acabou se sobrepondo ao sabor da carne.

O serviço foi muito atencioso e simpático, apesar de um pouco confuso em alguns momentos. Nada que atrapalhasse a experiência, mas é algo que, assim como a execução de alguns pratos, precisa melhorar para que o lugar ocupe espaço no seleto grupo dos ótimos restaurantes da cidade. Os preços são atrativos, é possível comer bem sem gastar uma fortuna. A opção de levar o vinho também ajuda nesse quesito. Voltarei em breve para provar outros pratos.

Ecully: Rua Cotoxó, 493/Fone: 3853-3933/Site: www.ecully.com.br

domingo, 24 de março de 2013

Boa compra: Casa Marin Cartagena Riesling

Recentemente uma de minhas confrarias, a Sereníssima, realizou uma degustação muito interessante, reunindo brancos com a uva riesling de diferentes países. Havia 10 rótulos de todos os preços, representando as mais tradicionais regiões que produzem riesling no planeta. Surpreendentemente o campeão da noite foi um sulamericano que pode ser considerado barato para a qualidade que tem: o Casa Marin Cartagena Riesling 2008, que custou R$ 60 e recebeu 90 pontos do grupo (média).

Este chileno agradou bastante o grupo pela mineralidade, boa acidez e tipicidade. Às cegas foi confundido com um legítimo alemão e superou europeus na casa dos R$ 200 a R$ 300.

A Vinea (www.vinea.com.br) ainda tem algumas garrafas para vender, tanto da safra 2008 quanto da 2009. Detalhes da degustação: http://serenissimavinhos.blogspot.com.br/2013/01/rieslings.html